Realizou-se na sexta-feira, dia 17, pelas 16 horas, junto do Chafariz no Lameirinho, em Angra do Heroísmo, a cerimónia de lançamento do livro “Chafariz da Cerveja”, antes da tourada à corda integrada no dia de início das Sanjoaninas. Antes, o Chafariz já tinha começado a correr cerveja para todos quantos se juntavam à festa.
À hora do lançamento, o pátio do Zé Maria já estava cheio de amigos e aficionados da tourada. A mesa de cerimónia do lançamento foi presidida pela presidente da edilidade angrense, Dr.ª Andreia Cardoso, que também viveu na zona do Lameirinho, descrevendo assim algumas facetas da sua meninice bem como o recordar de muitas famílias locais. Após a sua intervenção, pedindo desculpa, ausentou-se para concluir a reunião camarária interrompida para esta presença.
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Outro membro da mesa foi o representante da Junta de Freguesia da Conceição que também disse algumas palavras sobre o momento que se vivia. Mário Rodrigues, convidado para apresentar o livro, fez uma intervenção digna de registo, elogiando o trabalho desenvolvido à volta das nossas tradições, por conseguinte a amizade, a partilha, o toiro e a tourada. A “Dupla Imbatível”, Bolinha e Zé Maria, também disseram algumas palavras alusivas ao momento, não escondendo a sua enorme alegria pelo lançamento dum livro ligado a um acontecimento por eles criado. João Rocha, jornalista, convidado para escrever o Prefácio, também se referiu ao acontecimento como caso único de amizade e partilha.
Por fim foi a minha vez de dizer algumas palavras sobre o acontecimento. Comecei por referir os aspectos históricos mais importantes do Chafariz, construído em 1858, época de franco crescimento económico, nomeadamente com o abastecimento de água a muitas populações que até a essa data não disponham, nestas condições, desse bem precioso e indispensável à vida. Referi-me ao Padre Alfredo Lucas, de São Brás, como grande obreiro daquela freguesia, autor do livro “Ermidas da Ilha Terceira”, e, segundo informação não confirmada, também recolheu muita informação para publicação de “Chafarizes da Ilha Terceira”, que não chegou a acontecer.
Por falar no Padre Lucas, contei aquela história dele quando morreu um burro na freguesia e não aparecia o dono. Começando a ser um problema, o padre telefonou ao presidente da Câmara da Praia, que já sabia a sua forma peculiar de tratar as coisas, pedindo que a Câmara viesse retirar o animal da via pública, ao que o presidente respondeu:
- Mas o senhor padre é que costuma fazer os enterros…
Ao que o padre respondeu:
- É verdade, mas eu costumo, primeiro, avisar a família…
Acabou aqui a sessão do lançamento do livro e seguiu-se a tourada com muita cerveja e petiscos como só os terceirenses sabem fazer.
19 de Junho de 2011
(Fotos de Rui Contente)
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